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DRGE (Doença do Refluxo Gastro Esofágico) Dentro da Iridologia e Naturopatia

DRGE (Doença do Refluxo Gastro Esofágico) Dentro da Iridologia e Naturopatia

Por Professor Edomar Cunha – Iridologista

 

A Doença do Refluxo Gastro Esofágico é uma das manifestações clínicas mais comuns dentro das doenças que afetam o sistema digestório. As estatísticas médicas apontam que cerca de 45-50% da população ocidental apresentam sintomas que pedem estar relacionados com esta disfunção. Dentre os principais sintomas correlacionados com a DRGE, destacam-se a pirose ou popular “azia”, sensação de queimação desde o estômago estendendo-se pelo esôfago e sentindo até a garganta e boca, muitas vezes acompanhado de um refluxo do conteúdo gástrico por todo este trajeto. Ainda pode-se manifestar por uma dor retroesternal que se irradia para o pescoço ou por uma sensação de tosse irritante da garganta ou ainda sensação de “engasgamento”, náuseas, vômitos e também por afecções respiratórias de repetição, muitas vezes insuspeitas de ligação com um problema do sistema digestório. Também o desgaste do esmalte dentário e o mau hálito podem estar associados a este quadro clínico. E segundo os especialistas, a DRGE pode ou não estar associada a hérnia de hiato. (I CB – DRGE,2000)

Como Nutricionista e Iridologista, tenho encontrado com muita frequência esta condição em minha prática de consultório, onde com o auxílio da Iridologia é muito fácil de encontrar indícios desta condição, o que, quando já não existe diagnóstico confirmado pelo médico, encaminho ao especialista apenas para a confirmação diagnóstica. E esta disfunção têm em muito afetado a qualidade de vida dos seus portadores, além de, se não tratada, poder evoluir para uma condição mais séria e perigosa, como o Esôfago de Barret e o adenocarcinoma esofágico.

 

Na iridologia, percebemos esta disfunção na íris esquerda, no quadrante que ocupa o espaço entre 255 – 270 º ou entre 43 e 45 minutos. Quando observamos um alargamento (evaginação) ou rompimento do colarete nesta região ou ainda quando encontramos uma lacuna que sai do colarete, vindo da região da válvula cárdia em direção ao esôfago ou da escápula; e nas íris extremamente compactas, por um raio solar ou por um sutil dentinho na trança, nesta região. Estes sinais apontam para uma flacidez na musculatura da válvula cárdia ou até mesmo para uma hérnia de hiato, causando o refluxo, que pode estar presente tanto num caso de hipercloridria, como num caso de hipocloridria.

 

Ainda me lembro muito bem de um caso marcante, quando no mês de julho de 2012, veio para meu curso de Iridologia Nível I uma aluna e já no primeiro dia de aula, sentando-se ela bem a frente, na primeira fila de cadeiras, quando encenei uma avaliação dos alunos que ali estavam, em sua íris, destacava-se uma acentuada alteração que dizia respeito a um quadro de DRGE. Então, ela confirmou através de seus sintomas e disse que já tinha muitos diagnósticos de confirmação. Disse ainda que era um problema que lhe afligia desde muito criança e que já havia sofrido tanto com esta situação, que durante um certo momento na vida, chegou a pedir a Deus para não mais viver.

 

Na medicina convencional são recomendadas algumas medidas comportamentais e tratamento medicamentoso. Dentre as recomendações comportamentais, destacam-se a elevação da cabeceira da cama em torno de 15 cm; a moderação no uso de alimentos gordurosos, cafeinados, bebidas gasosas, alcoólicas, etc. Também é recomendado dormir somente após 2 horas das refeições, diminuir o volume das refeições, redução do fumo, emagrecer, se for o caso. Mas na prática, o que mais se vê é o tratamento medicamentoso com antiácidos e principalmente com os inibidores da bomba de prótons, da família “prazol”. Embora estas medidas tentem aliviar os sintomas, mas na verdade é reconhecido ser este mais um mal “crônico”, tendo o paciente ter que “aprender a conviver” com ele por muitos anos, até desencadear em consequências mais grave ainda.

 

Dentro da Nutrição e principalmente dentro da Trofoterapia, que é ainda mais antiga do que a Nutrição, considerado a medicina de Hipócrates, resumida na célebre frase: “Que teu alimento seja teu remédio e que teu remédio seja teu alimento” podemos encontrar respostas bem mais satisfatórias. Principalmente valendo-se de algumas regrinhas, não só do “que comer e do que não comer”, do “quanto comer”, mas também de “como comer”, de “quando comer” e ainda de “como combinar os alimentos”. A prática destas orientações, com certeza vai trazer grandes resultados aos portadores deste mal que aflige a muitas pessoas.

 

A primeira regra a ser seguida pelos portadores da DRGE é a seguinte: “Aprender a beber os alimentos sólidos e a mastigar os líquidos”. Ou seja, esta regra trata da mastigação. Mastigar os alimentos sólidos até tornarem-se líquidos e embora eu não recomende muito alimentos líquidos, tais como sopas, cremes, mingaus, “vitaminas” ou batidas de frutas, quando circunstancialmente tiver que usar, faça de conta que é um alimento sólido e,  portanto, insalive muito bem também cada porção ingerida. O paciente deve ser orientado a mastigar, mastigar e mastigar. Mastigar muito bem cada bocado de alimento levado à boca. Segundo orientações do famoso médico Austríaco dr. F. X. Mayr (1875-1965), o paciente deve disciplinar-se para mastigar 50 vezes cada bocado de alimento. Para isso, deve ao levar uma porção à boca, soltar os talheres ao lado do prato, tirar as mãos da mesa e pensar muito bem no que está fazendo. Esta regra com certeza é a mais importante a ser seguida por todos os portadores da DRGE e também por todos que querem não somente ter um sistema digestório saudável, mas uma saúde geral equilibrada. Convém ressaltar aqui a dica também de não conversar muito na hora das refeições, pois isto facilita a aerofagia, ou seja, a deglutição de ar, favorecendo depois o refluxo.

Outra regra muito importante é: “Tomar líquidos somente até meia hora antes e duas horas após as refeições! ”. Nem água, nem chás, nem sucos, muito menos ainda refrigerantes e bebidas gasosas em geral.

Também outra regra importante a ser seguida: “Não misturar alimentos incompatíveis na mesma refeição, tais como líquidos com sólidos, doces com salgados(sobremesas), frutas com as refeições salgadas(exceto as oleaginosas: Abacate sem açúcar, Coco, e Oleaginosas em geral, como castanhas e nozes); também deve ser evitado o consumo de frutas ácidas junto com frutas doces e ainda cuidar com as frutas chamadas de monofágicas (Melancia, Melão e Uva), que devem ser ingeridas uma de cada vez, sem ter nem um outro alimento no estômago durante seu processo de digestão. Ainda recomendo banir da dieta tudo o que tiver açúcar branco, café e cafeinados, como Chimarrão e outras bebidas xantinadas. Isto eu falo não como Nutricionista, pois a Nutrição não reconhece tais “combinações”, mas falo como Trofoterapeuta e pela experiência diária de consultório. Experimentem todos e verão uma mudança em vossa qualidade de vida.

E a última regrinha: “Não se deitar logo após a ingestão de alimentos”. Embora o I Consenso Brasileiro sobre DRGE recomende deitar-se 2 horas após a última refeição, com base nos ensinamentos do Dr. Hiromi Shinya, famoso médico Japonês, em seu livro: A Dieta do Futuro, eu recomendo deitar para dormir somente 5 horas após a última refeição. Também vale a pena experimentar.

Associado a estas “regrinhas de alimentação”, sugerimos sempre alguns fitoterápicos com a finalidade de regular o PH do estômago e também o uso de plantas carminativas (erva-doce, anis, alfavaca, etc), para inibir a formação de gases, terminando com a sensação de empachamento, que contribui para o refluxo. Ainda tenho usado com muito sucesso uma linha específica de florais com maravilhosos resultados, até mesmo no refluxo infantil. Dentre eles, destaco o AZIANON, do grupo Fisioquântic. O alívio dos sintomas é quase imediato e a cura vem pela correção das causas à cima mencionado.