04 fev As 5 Regras Básicas de Uma Boa Alimentação
Artigo escrito pelo Dr. Edomar Cunha
1- O que comer e o que não comer:
Em uma pesquisa realizada há anos atrás, constatou-se que no início do século XX havia no mercado mundial de alimentos, cerca de 1800 itens de produtos para se comer e beber. Antes do final do século XX já havia mais de 15000 itens sendo oferecidos aos nossos olhos e paladares diariamente. A cada ano que se passa, essas opções crescem ainda mais e alguns desses produtos são, paradoxalmente, chamados de alimentos mesmo que não devessem entrar na nossa mesa. Os maiores exemplos são os “alimentos” a base de açúcar branco: esse é o grande ladrão de Vitaminas e Minerais de nosso corpo. Cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B são as que mais sofrem. Além disso, esse tipo de açúcar predispõe o organismo a uma acidez orgânica em todos os seus tecidos, a uma diminuição da imunidade e o conseqüente aumento das alergias e mucosidades.
*DICA:
Faça uma experiência: pare um mês de ingerir produtos que contenham açúcar branco, como bolos, tortas, refrigerantes, e guloseimas em geral. A sua saúde mudará radicalmente para melhor. Nas crianças, é o grande responsável pela hiperatividade e excitação permanente.
Podemos citar a carne também, mesmo que ela seja considerada por muitos como um alimento essencial. Se compararmos a anatomia e a fisiologia de nosso sistema digestivo com a dos animais, a nossa assemelha-se com a dos animais herbívoros e não com a dos carnívoros. Arcada dentária, tamanho do tubo digestivo e secreções, apontam-nos para uma dieta predominantemente constituída de vegetais, frutas, sementes, raízes e cereais.
A carne, alimento de difícil digestão, é cheia de toxinas que envenenam o sangue. Por exemplo, a carne assada sobre brasas -tentadora para muitos – contém Benzopireno, substância altamente cancerígena. Um almoço em uma churrascaria poderá equivaler-se a 600 cigarros fumados. Todos devemos nos informar melhor sobre o que é saudável e o que não é, assim todas as vezes que formos ao supermercado escolheremos os alimentos pensando em como eles nos poderão melhorar nossa saúde. Para alguns é impossível parar de comer carne, mas, pelo menos, tente diminuir a ingestão dela (principalmente a carne vermelha).
2 – Como comer:
Mesmo os melhores alimentos se consumidos de maneira errônea causam desequilíbrios funcionais. Portanto, precisamos aprender a comer da maneira correta se quisermos evitar muitas disfunções. Por exemplo, na hora das refeições precisamos cultivar a calma e a serenidade. Deixar fora das refeições toda preocupação e ansiedade. O momento da refeição não é uma hora de brigas, discussões e nem de atender o celular. Qualquer assunto desagradável pode atrapalhar a digestão e conseqüentemente desequilibrar o sistema nervoso.
*DICA:
Procure comer devagar, mastigando muito bem cada porção de alimento levado à boca. Lembre-se: o estômago tem “boca”, mas não tem dentes. Então mastigue, mastigue, mastigue até não ter mais o que mastigar. Como dizia Mahatma Ghandi: “Deveis mastigar os líquidos e beber os sólidos”. Sua digestão e saúde mudarão para melhor. Dessa maneira, não mais precisará tomar líquidos durante ou logo após as refeições já que faz mal. Água faz bem, porém até meia hora antes e somente duas horas após as refeições.
3 – Quando comer e quando não comer:
Os ensinamentos modernos recomendam comer até seis refeições diárias, mas o bom senso e uma compreensão maior do processo digestivo recomendam três refeições por dia, seguindo aquele velho ditado: comer de manhã como um rei, ao meio dia como um príncipe e a noite como um mendigo.
Pela manhã quando seu estômago descansou bem durante a noite, ele estará preparado para receber uma refeição rica em nutrientes e assim se encarregar de elaborar energia para o desempenho das tarefas do dia. Isso não quer dizer que você tenha que comer feijão e arroz pela manhã, mas sim que seja uma refeição com um bom aporte tanto de macro quanto de micronutrientes. A noite, quando o corpo está cansado, não é um momento adequado para sobrecarregar o seu aparelho digestivo com uma alimentação que vai levar mais de quatro horas para ser finalizada. Muitos dirão que não conseguem comer pela manhã, mas a explicação para essa situação está no fato de comerem demais a noite e, em seguida, irem dormir.
Lembrando que a posição horizontal não facilita a digestão, deixando-a ainda mais demorada e complicada. Boca amarga, indisposição para acordar cedo e para as tarefas do dia, falta de concentração, dores de cabeça, sono perturbado e muitos outros problemas podem ser a conseqüência deste hábito errado.
*DICA:
Deixe cinco horas entre uma refeição e outra. Seus órgãos digestivos também precisam de repouso.
4 – Quanto Comer
A quantidade de alimentos que uma pessoa deve ingerir é algo muito pessoal, pois varia pela idade, tamanho, atividade, enfim, a suas características pessoais. O irônico é que, ao contrário do que muitos pensam, há mais pessoas no mundo que morrem pelo excesso de alimentos do que pela inanição.
Quando se sobrecarrega o organismo com grandes quantidades de alimentos durante a refeição, uma grande quantidade de energia é despendida para a digestão. O resultado será a exaustão das reservas nervosas e, por fim, uma sensação de langor e fraqueza que é mal interpretada, pois mais e mais alimentos são postos para dentro do corpo. Um verdadeiro círculo vicioso que se finaliza com as doenças crônicas da atualidade.
*DICA:
Lembre-se dessa regrinha básica: O que satisfaz não é a quantidade de alimentos, mas o tempo em que cada porção permanece na boca durante a mastigação.
5 – Como Combinar os Alimentos:
Embora a nutrição moderna não trabalhe muito a questão da combinação dos alimentos, ela é a grande responsável pelo sucesso na recuperação da saúde nas clínicas de naturopatias no mundo inteiro. Respeitando as leis da fisiologia e da química, os naturopatas orientam seus pacientes a não misturarem determinados grupos de alimentos que são digeridos em meio ácido com outro que é digerido predominantemente em um meio alcalino.
No campo das incompatibilidades estão de um lado os alimentos predominantemente protéicos, como feijões, lentilhas, soja e ervilhas, que precisam do estômago para serem digeridas. Já os carboidratos, cereais e a maioria das frutas necessitam de um meio mais alcalino, como o intestino delgado, para uma melhor digestão.
Deve-se respeitar algumas regrinhas básicas, por exemplo, misturar líquidos com sólidos, frutas ácidas com frutas doces. Desta maneira se desenvolve um estado de fermentações gastrointestinais com reflexo negativo no fígado, sangue e sistema nervoso, dando origem a muitas enfermidades.
Agora Tente:
Praticar essas cinco regras durante um mês e depois nos escreva contando o que aconteceu com você. Tenho certeza que a sua saúde irá se tornar muito melhor nestes depois de 30 dias. Entre em contato conosco para conhecer ainda mais sobre essas dicas e outras, teremos o maior prazer de orientá-lo.