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Fortalecendo o Sistema Imunológico em Tempos da Covid19

Fortalecendo o Sistema Imunológico em Tempos da Covid19

REF: Prof. Dr. Claudio Farias

FENATE/RS 007 – Naturopata especialista em Terapia Ortomolecular

Afinal, o que é o sistema imunológico?

Também chamado de sistema imune, ele é um conjunto de órgãos, tecidos e células que fazem a defesa do organismo contra os patógenos. Isso é: ele combate vírus, bactérias e agentes infecciosos, e, assim, previne o desenvolvimento de doenças.

Ele também tem a função de promover o equilíbrio no nosso corpo a partir de respostas moduladas das células e moléculas em resposta ao invasor do organismo. Sendo assim, ele é fundamental para a nossa sobrevivência.

O sistema imunológico é constituído por células e moléculas que desempenham o papel de proteção do organismo contra a ação de bactérias, vírus, fungos e outros agentes patogênicos, evitando assim diversas infecções e doenças, incluindo o câncer. Pense no sistema imunológico como uma fortaleza em seu corpo, repleta de soldados muito bem treinados para proteger sua saúde e seu corpo.

Como ele funciona?

Quando um agente estranho invade o organismo, o sistema imunológico é ativado para combatê-lo gerando uma série de reações. Por exemplo, quando você se machuca, a área se aquece e fica avermelhada.

Isso é uma resposta do seu sistema imune na tentativa de matar os micro-organismos do local. Assim como esse mecanismo, diversos outros são ativados dependendo do tipo de invasor que o organismo está exposto.

O sistema imune tem duas respostas: a inata e a adaptativa. Quando a inata não dá conta de combater o agente, a adaptativa é a que entra em ação para evitar o desenvolvimento de enfermidades.

Imunidade Inata

Resumindo, a imunidade inata ou natural é aquela que nasce com cada um de nós, e são consideradas barreiras. As físicas são os pelos, a pele e o muco que impede que agressores entrem no organismo.

Já como exemplo de barreira fisiológica temos o ácido do estômago e a temperatura corporal. Logo em seguida vem a celular que nada mais é que uma série de células que englobam o patógeno para desativá-lo.

Imunidade Adaptativa

Essa é a que adquirimos ao longo da vida. Com certeza você já ouviu falar nos anticorpos, não é mesmo? Então, elas são células de defesa que o organismo desenvolve após entrar em contato com os agentes agressores. Eles fazem parte da imunidade humoral.

Quando nem eles conseguem combater os patógenos, existe outra imunidade que é a celular: uma resposta mediada pelos linfócitos T capazes de destruir os micro-organismos invasores ou as células infectadas.

Esse sistema é fundamental para nossa saúde, pois é ele que nos protege dos patógenos mais agressores: vírus, bactéria e fungos. Esse sistema adaptativo precisa de “ensinado” constantemente de que elementos externos ao nosso corpo são nocivos a saúde.

O que pode atrapalhar o seu funcionamento?

Alguns fatores podem atrapalhar o funcionamento do sistema imunológico e enfraquecê-lo. Muitas vezes, nós passamos por eles e nem nos damos conta de que podem nos prejudicar.

O estresse, por exemplo, é um deles. Isso porque essa condição aumenta a produção de cortisol — um hormônio responsável por diminuir a defesa do organismo para evitar que o sistema imune ataque as células do corpo.

Outras causas do enfraquecimento da imunidade são: má alimentação, insônia ou sono insuficiente, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e problemas emocionais. Se você fica doente com facilidade, preste atenção nos seus hábitos.

Além das carências nutricionais, fatores como genética, metabolismo e fisiologia também podem afetar essa barreira natural do corpo. Por isso, é importante atentar para o estado de nosso sistema imunológico.

Quando a imunidade está baixa, ficamos muito mais propensos a ter pequenas e grandes infecções e quadros como gripes. Em persistindo os quadros de alteração no sistema imune, uma série de doenças podem se desenvolver no organismo, como lúpus, psoríase, alergias (incluindo as respiratórias), herpes, hepatite, reumatismos, fibromialgia e muitas outras enfermidades.

Principais sintomas da baixa imunidade

As infecções causadas pela baixa imunidade costumam ser mais comuns em crianças e idosos. Isso porque o sistema se desenvolve depois do nascimento e precisa de pelo menos um ano para alcançar maior efetividade. Já o envelhecimento provoca muitas mudanças nos sistemas celulares do corpo. Outro ponto de atenção é a ausência de vitaminas e outros micronutrientes no organismo. A baixa imunidade pode se manifestar com diversos sintomas ligados às infecções. Conheça os mais comuns:

#1 Cansaço físico e mental

Um cansaço que não passa mesmo depois de algumas horas de repouso é um fator indicativo de que algo não está bem com a sua saúde. Associada a longos períodos de atividade cognitiva, a fadiga mental pode comprometer o desempenho da pessoa em várias áreas da vida. Por outro lado, a deficiência de nutrientes pode também causar cansaço físico: a falta de vitaminas C e D e proteínas, por exemplo, podem prejudicar o sistema de proteção do organismo.

#2 Gripe persistente

Um quadro de gripe que persiste por mais tempo ou a volta dos sintomas quando a pessoa acha que já está curada podem ser um dos sinais de baixa imunidade. Isso ocorre porque, durante o processo de defesa contra o vírus, o sistema imunológico fica mais vulnerável e pode não conseguir bloquear outras infecções.

#3 Distúrbios emocionais

Poucas pessoas associam os efeitos do estresse ou ansiedade com a deficiência de nutrientes ou baixa imunidade, mas um distúrbio psicológico também pode desencadear ou surgir a partir de problemas imunológicos. Isso ocorre porque as funções cerebrais estão ligadas aos hormônios e ao sistema imune.

#4 Otites

Dores de ouvido frequentes costumam ter relação com a imunidade baixa. As otites, que se apresentam de várias formas, são muito comuns em crianças, mas também podem afetar adultos. Causada por bactérias, a infecção no ouvido vem acompanhada de dores, inchaço no local e secreções. Quadros virais, como a gripe, também podem desencadear as otites.

#5 Amigdalite

Parte do sistema imunológico, a função das amígdalas é proteger o corpo de vírus e bactérias que entram pela boca. Por isso, é comum que essas estruturas localizadas na lateral da garganta fiquem inflamadas pela exposição a esses microorganismos. A amigdalite se manifesta com inchaço, placas brancas, dor de garganta e dificuldade para engolir.

#6 Candidíase

A imunidade baixa pode causar um incômodo muito grande, especialmente na população feminina: a candidíase. Estudos apontam que cerca de 55% das mulheres terão pelo menos um quadro de candidíase vulvovaginal na vida. Apesar de atingir mais os órgãos genitais, o fungo também pode se manifestar na boca, garganta e pele.

#7 Cabelos e unhas fracos

Cabelos e unhas enfraquecidos são um dos sinais mais evidentes de um sistema imunológico fragilizado. Não se trata apenas de estética. Atentar para a saúde dos cabelos e unhas é perceber o estado de seu sistema imune.

A relação entre o sistema imunológico e as taxas nutricionais é um aspecto muito importante para entender a saúde humana. Muitos estudos evidenciam que a deficiência de algumas vitaminas e minerais contribuem para a diminuição da imunidade.

Se você percebeu que sua imunidade anda em baixa, uma ótima pedida é apostar em ajustes nas refeições. Isso porque os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico.

Vitaminas para aumentar a imunidade

As vitaminas estão associadas a diversos processos do corpo humano e são fundamentais para o seu perfeito funcionamento. Fortalece a imunidade, regula o metabolismo, regenera a pele e os ossos, entre outros benefícios. A questão é que elas não são produzidas pelo organismo e precisam ser absorvidas por meio da alimentação e exposição solar (no caso da vitamina D).

Uma dieta equilibrada e que contemple todos os grupos alimentares é essencial para a manutenção da saúde. Porém, dado que muitos alimentos hoje em dia possuem um conteúdo nutricional reduzido (pela qualidade do solo e pelo uso de agrotóxicos, principalmente), é necessário a suplementação de vitaminas e minerais em cápsulas ou líquidos.

Veja abaixo as vitaminas que têm ação direta na sua imunidade!

Vitamina A

Encontrada em óleos, vegetais, frutas e alguns alimentos de origem animal (ácido retinóico), a vitamina A tem papel no processo de renovação celular e é capaz de proteger o corpo de quadros infecciosos. A deficiência do nutriente está associada a redução da atividade de células que ativam anticorpos contra bactérias e antígenos que invadem o organismo. Estudos identificaram também a contribuição do ácido retinóico em funções importantes dos linfócitos (células de defesa), principalmente no intestino.

Vitamina B6

Com participação em diversos processos metabólicos do corpo, a deficiência de vitamina B6 prejudica as reações imunes das células. O nutriente participa da regulação de respostas imunológicas a várias doenças, incluindo inflamações e câncer. A baixa concentração de vitamina B6 no organismo prejudica a proliferação dos linfócitos e reduz a produção de anticorpos – essa relação tem sido observada em pessoas infectadas pelo vírus HIV, idosos e portadores de uremia e artrite reumatóide.

Vitamina B9

A vitamina B9 está associada ao bom funcionamento cerebral, prevenção do câncer e fortalecimento de unhas, pele e cabelo. Por outro lado, a deficiência do nutriente pode diminuir a resistência do organismo a diversas infecções. Um dos efeitos é a redução das respostas dos linfócitos a microorganismos e da atividade celular. Estudos indicam que a B9 é essencial para a manutenção das células que atuam na defesa do organismo.

Vitamina C

Antioxidante essencial para proteger o corpo humano da ação dos radicais livres, a vitamina C é muito associada ao fortalecimento da imunidade. Essa relação está correta: estudos mostram que o nutriente apóia diversas funções celulares do sistema imunológico. A deficiência da vitamina C aumenta as chances de infecção e sua suplementação pode prevenir e tratar infecções respiratórias. Porém, evite utilizar vitamina C efervescente ou suplementos com menos de 50mg da vitamina em sua dose diária.

Vitamina D

Já é de conhecimento popular que a vitamina D (na verdade trata-se de um hormônio, pois é sintetizado no nosso próprio organismo) tem um impacto muito importante na saúde dos ossos, mas o nutriente também pode influenciar a resposta imune do organismo. Proveniente da exposição solar, a vitamina é metabolizada pelas células imunológicas. A deficiência do nutriente pode ter participação no desenvolvimento de inflamações intestinais e influenciar a diabetes tipo I e a hipertensão arterial.

Ao atingir a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais, você já garante uma defesa melhor para o seu organismo. Anote aí: o consumo deve ser de, no mínimo, cinco porções por dia, sendo três de frutas e duas de vegetais. A seguir, confira os melhores alimentos para sua imunidade e não deixe de incluí-los no seu prato:

  1. Alho

Possui alta quantidade de vitaminas A e C, nutrientes que ajudam no bom funcionamento do sistema imunológico. Além dessas vitaminas, possui uma grande quantidade de elementos antioxidantes como selênio, alicina e quercetina, que ajudam na proteção de danos relacionados às infecções e ao envelhecimento. Uma pesquisa, feita em países do sul da Europa, descobriu uma ligação entre a quantidade de ingestão de alho e a redução do risco de desenvolvimento de certos tipos de câncer. Você pode utilizar cápsulas de óleo de alho também, como forma de suplementação.

2.     Batata-doce

Contém uma grande quantidade de betacaroteno, antioxidante que atua no corpo para evitar diversos problemas inflamatórios, já que ele se transforma em vitamina A e é usado para produzir o tecido conjuntivo. A batata-doce possui diversas outras propriedades que auxiliam na saúde geral do corpo, por isso é um dos alimentos preferidos de quem deseja levar uma vida saudável.

3.     Iogurte

O melhor é o do tipo Kefir (produzido com leite e espécies de micro-organismos) que auxilia o sistema imunológico porque possui a bactéria Lactobacillus reuteri, um probiótico específico que estimula as células brancas do sangue. Iogurte integral natural também possui esse probiótico, porém em menores quantidades. Os iogurtes também ajudam a flora intestinal. Porém, utilize em pequenas doses, tipo 100 g ao dia.

4.     Tomate

Possui uma substância chamada licopeno que tem ação antioxidante, ajudando a diminuir a produção dos radicais livres e, por causa dela, muitos nutricionistas recomendam o tomate para prevenir alguns tipos de câncer, como o de próstata. Ele deve ser ingerido diariamente. A melhor maneira de consumir é sob a forma de molhos, pois aumenta a concentração do licopeno, principalmente se for molho caseiro, pois nesse preparo a substância sai do tomate e fica retida no óleo.

5.     Frutas cítricas

Já é conhecido que elas são fundamentais para melhorar a imunidade, pois são ricas em vitaminas que agem diretamente no sistema imunológico, como as C e E. As principais frutas cítricas são: laranja, acerola, morango e kiwi.

  • Gengibre

Conta com importante ação bactericida e boa quantidade de vitamina B6 e C, que faz dele um expectorante natural, auxiliando a reduzir as inflamações e a dor. O melhor: ele é muito versátil, pode ser utilizado como tempero ou ser inserido em chás ou ainda saborizando a água.

  • Peixes

Alimentos, como o salmão e a sardinha, que possuem ômega 3, ajudam que as artérias não fiquem inflamadas ou desenvolvam algum grupo de inflamação, aumentando assim a imunidade. Os ácidos graxos, substâncias que não podem ser produzidas pelo corpo humano, devem ser ingeridas por meio da alimentação, pois têm grande poder antiinflamatório e são essenciais para a manutenção do sistema imunológico. Você pode suplementar ômega 3 em cápsulas, porém, escolha um produto de boa qualidade, preferencialmente que tenha o selo IFOS (International Fish Oil Society).

8.     Vegetais verdes

Os vegetais de cor verde escura como brócolis, couve e espinafre possuem vários componentes que auxiliam na prevenção de doenças, como a brocolina e o ácido fólico, que ajudam na produção de glóbulos brancos, que combatem agentes invasores. Também, esses vegetais são ricos em compostos sulfídricos, que ajudam na desintoxicação hepática.

  • Cogumelos

Alguns contêm alta quantidade de ácido fólico, que ajuda na produção dos glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do corpo, melhorando a imunidade. Outro nutriente encontrado em vários cogumelos é o selênio, um forte antioxidante que combate os radicais livres. Cogumelos como o shiitake e shimeji são uma ótima opção para cuidar da imunidade e provar uma comida saborosa.

  1. Nozes, castanhas e amêndoas

As oleaginosas são ricas em vitamina E, que ajuda no combate à baixa imunidade, e também são ricas em minerais, fibras, gorduras saudáveis e ácidos graxos, mas é importante tomar cuidado na quantidade consumida, pois esses alimentos não deixam de ser calóricos. Por exemplo, a castanha do Pará tem como recomendação diária apenas três unidades.

11.  Melancia

Possui um potente antioxidante chamado glutationa, que é grande aliada no fortalecimento do sistema imunológico. Dê preferência ao consumo da fruta do que ao suco.

  1. Açaí

Rico em antioxidantes que podem ajudar o organismo a combater o envelhecimento, além de várias doenças. Pesquisas recentes apontam que o açaí natural é o alimento com maior carga de antioxidantes que existem no planeta.

13.  Cúrcuma

Também conhecido como açafrão-da-terra, é uma grande fonte de antioxidantes e contém propriedades antiinflamatórias. A curcumina, um dos ingredientes presentes na cúrcuma, é antiviral, antifúngico e protege contra o câncer.

  1. Pimentão

A pimenta é fonte de betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções.

15.  Chás

Verde ou preto, com ou sem cafeína, possuem polifenóis e flavonóides que ajudam a combater várias doenças.

  1. Alimentos ricos em zinco

Carnes, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico) são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico.

Que alimentos devemos evitar?

Muitos alimentos são pró-inflamatórios, ou seja, geram inflamações crônicas em nosso organismo. Tais alimentos devem ser evitados. Segue uma pequena lista, daqueles que são potencialmente inflamatórios:

– Laticínio, em especial o de vaca, possuem capacidade inflamatória considerável. Por isso devem ser evitados (bem como seus derivados).

– Farinha de trigo (branca ou integral) possuem glúten, que é uma substância muito inflamatória, dificultando a ação do sistema imunológico.

– Gordura insaturadas e Trans devem ser eliminadas (óleos de soja, canola, milho, girassol, bem como margarinas).

– Preparados alimentares industrializados e artificiais, como molhos, temperos, condimentos.

– Refrigerantes, ainda que nas versões light ou diet.

Existe também uma gama de outros recursos naturais que podem ser utilizados para aumentar a imunidade, como os óleos essenciais (Canela, Gengibre, Cravo e Melaleuca, são alguns exemplos) e os Fatores de Transferência, que são substâncias magníficas que, extraídas do colostro bovino e da gema do ovo, possibilitam que as células do sistema imune sejam “educadas” para combater de modo mais eficiente os patógenos que invadem nosso organismo.

Na dúvida, o mais importante é ter o suporte de um profissional habilitado e que possa fazer uma profunda avaliação do seu estado de saúde e propor, de forma individualizada, uma conduta terapêutica adequada ao seu caso particular.

Viva bem e tenha saúde!!!

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